(Lugones, a cólera dos deuses)
o título é uma clara referência ao filme do cineasta alemão Werner Herzog, Aguirre, a cólera dos deuses (1970). A história do filme gira em torno do verídico e insano mercenário espanhol Lope de Aguirre, interpretado por Klaus Kinski, queem um expedição descendo o rio Amazonas fez inúmeros massacres e assassinatos, incluindo do chefe da expedição e o de sua filha.
O nome do autor do suposto artigo é uma referência á dois personagens muito díspares: Arthur César Ferreira Reis, um dos maiores e primeiros historiadores amazonenses que já foi inclusive governador do estado durante a década de 1960, e Hannah Arendt, filósofa alemã de origem judia que dedicou boa parte de sua obra á falar sobre a ética, a violência e o totalitarismo e ficou conhecida por seu relato do julgamento do criminoso nazista Adolf Eichmman onde cunhou o conceito de "banalidade do mal".
Agora vamos aos personagens: Victor Lugones pegou seu sobrenome emprestado do escritor argentino Leopoldo Lugones, conhecido por sua vinculação ao pensamento autoritário e fascista; o aviador Ulisses R. Figueiroa, referência direta ao personagem do livro de Homero, A Odisséia, enquanto Lugones encarnaria o papel de Poseidon, entidade que impede Ulisses de voltar para casa; Carranza era o sobrenome de um dos líderes da Revolução Mexicana, Venustiano Carranza, de origem liberal que possuía divergências contra Zapata; Perequê era o nome do filho de Ajuricaba, líder indígena que comandou uma confederação de tribos, entre elas a sua, os manaós, contra os portugueses por anos.
Caudilhos era como se chamava os líderes regionais da Região do Prata, geralmente eram de origem militar, diziam defender os interesses e a moral da população, buscando seu apoio pelo apadrinhamento. Os caudilhos promoviam muitas guerras entre si. Um dos maiores motivos da nação argentina não se integrar foi justamente o poder de caudilhos como Juan Manuel Rosa e Facundo Quiroga sobre Buenos Aires.
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