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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Dusek e o apocalipse

Nessa onda de "2012, fim do mundo" me lembrei no meio de tanta coisa relativa ao apocalipse que produzimos nos últimos anos da contribuição de Eduardo Dusek, a música Nostradamus.
Debochando da promessa de fim do mundo em 1999 feita pelo profeta Nostradamus, Dusek fala de um dia em que o mundo acabou (o que o narrador da música só percebe quando liga pra alguém e ninguém atende, afinal os prédios caindo e as pessoas correndo está dentro do normal).

Nostradamus
Eduardo Dusek

Naquela manhã
Eu acordei tarde, de bode
Com tudo que sei
Acendi uma vela
Abri a janela
E pasmei

Alguns edifícios explodiam
Pessoas corriam
Eu disse bom dia
E ignorei

Telefonei
Pr'um toque tenha qualquer
E não tinha
Ninguém respondeu
Eu disse: "Deus, Nostradamus
Forças do bem e da maldade
Vudoo, calamidade, juízo final
Então és tu?"

De repente na minha frente
A esquadria de alumínio caiu
Junto com vidro fumê
O que fazer? Tudo ruiu
Começou tudo a carcomer
Gritei, ninguém ouviu
E olha que eu ainda fiz psiu!

O dia ficou noite
O sol foi pro além
Eu preciso de alguém
Vou até a cozinha
Encontro Carlota, a cozinheira, morta
Diante do meu pé, Zé
Eu falei, eu gritei, eu implorei:
"Levanta e serve um café
Que o mundo acabou!"

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